quarta-feira, 29 de abril de 2009

Anestesia

Pouco ao pouco não tem como evitar. As semelhanças aparecem sem ao menos eu aceitar. Talvez a natureza que esteja errada ou o simples fato que nossos corações palpitam simultaneamente juntos. Que nossas entranhas martelam em nossos corpos, como o sangue que ainda corre quando não conseguimos dormir. Sou tua anestesia que faz a dor passar, pelo meu simples eu te amo, consigo ver que a palavra-remédio te faz respirar. Pensamento igual já não me surpreende, te faço rir por dentro ultimamente. Faço-te ficar brava, só para ver teu simples rosto de raiva. Assim, quando era pequena, brava com os lábios retorcidos e a testa tão branca que me fazia invejar. Pelas pimentinhas em sua face, que nem me importo mais se são tuas, porque parece que tudo que é meu é teu por obrigação, assim, o que é teu é meu - um argumento só para avisar. Eu sei que não sou o que queria que eu fosse, sei também que não sou o que todos queriam que eu fosse. Agradeça a mim por ter deixado o talento musical para ti, agradeça a mim por eu mandar muito em ti, assim, parece que cresce. Minha metade do coração da mãe, cresça do teu jeito. Deixe esse mundo para trás e nunca se esqueça que o mundo que virá será melhor. 

(Para minha irmã, Júlia Lazzaretti.)

4 comentários:

Júlia Lazzaretti disse...

HEHEH po melhor texto! (bjs anonima)

André Luiz disse...

lindo lindo!

Anônimo disse...

AMEI essa parte "Agradeça a mim por ter deixado o talento musical para ti" Sério, muito inspirador!

"Entranhas", também gosto muito dessa palavra, somos diferente, ne?

Há alguém para você, basta acreditar nisso (L)

Bom feriado ~

Luiz Ricardo disse...

hahahaha olha, menininha. não adianta, você é a irmã mais nova e deu!